23 janeiro, 2007















Hoje retomo planos que nunca chegaram a ser,
Mas no meu mais íntimo sonho
eles nunca foram esquecidos...
Nunca foram, nem sequer serão.
Mas quando encaro reflexo do espelho,
percebo nos meus olhos a vontade.
O desejo latente da mudança que nunca, me abandonou.
A menina de ontem e a mulher de hoje se confundem
e muitas vezes a menina toma as rédeas, e diz a que veio.
A mulher, se esconde no armário, atrás da porta, atrás do medo.
Como - e quando - foi que a garotinha brava e corajosa
transformou-se na mulher insegura e cheia de medos?
O desconhecido? Hoje torna-se amor...
Quem disse que perco a vontade , o desejo?
Onde foi que a graça se perdeu de mim?
Ou terei sido eu a perder-me dela?
Tenho tanta vontade desse novo...
Mas acreditava que permanecer assim, como estava,
estática, estagnada, seria mais cômodo.
Sim, tenho medo que apodreçam-me os sonhos.
Mais medo ainda, tenho de encarar a realidade dura de uma vida vazia.
Não tem graça!
Mas eu sempre encontro uma forma
de mostrar a alguém aqui e ali que ela existe: a tal da graça.
Só não sei por que ela insistia em me deixar.
Este é, quem sabe, um epílogo.
Mas desejo que seja o prólogo,
a promessa ainda que tardia de uma nova história,
de um sem número de capítulos
e páginas incontáveis que me separam do fim.
E que este fim seja tardio...Muito tardio!

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Leiam-se as entrelinhas!!!!

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