11 janeiro, 2012

Oração ao tempo...

Tenho revisto meus textos...
São cartas que escrevo pra pedir que não existam na minha vida histórias de curto prazo, frias, sem envolvimento.
Neles todos, peço alguém que se preocupe comigo, que me queira e queira saber se cheguei bem em casa, que  note a minha tristeza e a minha alegria, que segure a minha mão, que me beije e me abrace para me reconfortar.
Alguém que se eu precisar de algo, possa dizer sem medo, alguém que me faça sentir verdadeira falta.
Alguém que me valorize e consiga enxergar tudo o que eu sei, ou não sei, sou ou poderei ser.
Sinto a falta de alguém assim... e quero tanto e cada vez mais ...
Por vezes não acredito que esse alguém exista, e se existe...Até quando? 
Só o tempo poderá dizer...
Só sei que será infinito enquanto durar...

09 janeiro, 2012

Águas revoltas...

Hoje amanheci tirando o pó das gavetas.
Recordei as palavras e bebi daquele seu toque apaixonado que me conquistou, com gosto de licor e a doçura que acalmava a ferida e fazia suscitar o amor.
Limpei todo o pó e de olhos bem fechados mentalizei você nos dias onde te guardo, nos meses que tem se mantido longe.
Nem sempre os gestos são os mesmos, nem sempre os caminhos são iguais. 

E disso eu já sabia!
Quando viramos as costas, num gesto sem fim, tudo parecia certo. 
Às vezes tenho saudades, das borboletas do 1º encontro que me esvaziavam o estômago, que me arrepiava a pele, do seu jeito de vestir diferente, do sorriso rasgado que me esperava naquela boca inesquecível. Do jeito que as mãos se cruzavam adivinhando o beijo que, meio tolhidos iamos dando.
E assim fomos nos embrulhando na cumplicidade doce que nos devolvia as horas, que ao longo de meses fomos partilhando.
E quando o amargo dos dias sem você chega, vejo que deixamos de lado todo o amor que construimos, mesmo que você tentasse negar que ele, falava mais alto.
Talvez um dia você perceba que as diferenças nos completam, enquanto isso, vou te admirando (tanto quanto te vivo).

04 janeiro, 2012

Dias...

Hoje, eu poderia lhe dizer "trocentas" mil coisas:
Não me deixe...
Não fale comigo...
Não me iluda...
Volte e fique bem perto de mim...
Me inspire...
Poderia me libertar de tudo que corre pelo sangue, mas não sei se assim desejo. Talvez ainda não saiba é se vale a pena e talvez não valha mesmo.
Me sinto arrebentar de tanto amor e a esperar por cada novo dia, que completa mais um mês, a sua volta... o seu retorno...
Já me peguei pensando por quanto tempo aguentaria, calculando os segundos, e a sua paciência aí, esperando, ligada às minhas contas.
Não consigo transbordar os meus sentimentos hoje, dar vazão ao que me machuca, te empurrar para bem distante de mim. Não consigo denegrir o amor que ainda ferve nas minhas veias, não consigo negar ao espelho o cansaço que me destrói e me cava olheiras infinitas.
Gosto de confortar-me no calor dos seus lábios...não me esqueci deles e se ainda levanto lentamente em direção à terra que insanamente procuro, se assim ainda faço é por você, que é a melhor parte que tenho de mim.
[às vezes me olho e mal me reconheço... pois você é quem me perpetua um segundo e me decodifica na eternidade]



26 dezembro, 2011

Período de caça a um novo amor...

Depois de um amor, vem sempre um outro amor...
... você foi o amor que veio depois,

do outro.

e ficou pra depois, o amor
agora quer ser o outro,
pra recomeçar do meio onde paramos.
Eu quero o amor,

de outro.

...pra você ter certeza que depois de um amor
vem sempre um outro novo amor.

18 dezembro, 2011

Ingratidão

Afinal,
eu só te dei um coração: o meu!

E foi tão pouco...

21 junho, 2011

Não posso...

Se eu pudesse te mostrar.. dizer.. se pudesse pintar numa tela, ou transportá-lo para a letra de uma música...
Se eu conseguisse comunicar com o olhar.. sem exprimir uma palavra, para apenas perceber o que tenho dentro e não consigo te explicar...
Se conseguisse ser melhor... saber esperar... praticar discursos e falar na altura certa...
Não te beijo quando procura os meus lábios.. mas te beijo depois enquanto dorme...
Sim, não te agarro quando você procura o meu abraço.. mas te prendo em mim na vida que te jurei eterna...

10 abril, 2011

Lembranças...

Mesmo assim distante você me faz querer mais e mais esse momento de liberdade cega, em que você me abraça e ali ficamos... Agarrados às certezas que vamos construindo...Aos poucos... Pedaço a pedaço...
Só quero apoiar a minha cabeça no seu ombro, me aconchegar em você e me deixar ficar. Assim, naqueles momentos tão próximos da perfeição. Eu gostava de ter a certeza que haveria uma próxima vez, que você não desapareceria sem dizer nada, sem uma palavra, um aviso. Não consigo.
Você foi tendo uma importância crescente na minha vida, em mim. Mas hoje tenho tanto medo!
Volta!
Me abraça, me beija e me diz que está tudo bem. Deixe que me derreta enquanto você passa as suas mãos pelos meus ombros.
Deixe que eu me perca em você.
Gosto cada vez mais (e alarmantemente depressa) de você.
Vamos percorrer esse maldito tempo e a uma determinada altura saberemos exatamente o que fazer com a primeira certeza que tivemos em relação a nós.
Por enquanto guardo essa certeza aqui, comigo, a primeira amarra a cair, a primeira ferida de muitas a sarar, juntamente com o que senti - e me senti muito feliz.
Sempre que estou com você, me sinto verdadeiramente feliz, o que não acontece há algum tempo.
E agora o que faço com esta falta de felicidade?
Será que posso partilhá-la com você?

13 março, 2011

É... volto a repetir... você me faz muita falta, uma falta que nem imagina!
A sua ausência acarreta um amargo que me dura todo o dia sem cessar.
Fico por aí jogada à má sorte, a encher os meus dias de espaços em branco só para que eles mudem de página e você se encontre comigo já ali na próxima esquina.
Começo a fazer contas de cabeça, eu que nem tenho boa memória para datas, dou por mim a saber o tempo exato que me separa da sua partida.
Você me faz falta, sabia?
E enquanto isto não passa, fico aqui amputada a gerir saudades, desejando apenas estar novamente de manhã lado a lado com a sua pele, no perfeito contraste da minha, no véu harmonioso e incisivo desta felicidade que um dia, num tiro às cegas, me acertou em cheio.