25 março, 2007

O amor é uma companhia.
Já não sei andar só pelos caminhos,
Porque já não posso andar só.
Um pensamento visível faz-me andar mais depressa
E ver menos, e ao mesmo tempo
gostar bem de ir vendo tudo.
Mesmo a ausência dele é uma coisa que está comigo.
E eu gosto tanto dele que não sei como o desejar.
Se não o vejo, imagino-o e sou forte como as árvores altas.
Mas se o vejo tremo,
não sei o que é feito do que sinto na ausência dele.
Toda eu sou qualquer força que me abandona.
Toda a realidade olha para mim
como um girassol com o rosto dele no meio.
No rosto dele as marcas da vida.
Nos seus olhos os vestígios de uma lágrima
Que só eu vejo que só eu sei.
Na sua boca marcas de beijos
que apago
para que os seus lábios não tenham
de outros lábios marcas,
e beijos senão os meus...

Um comentário:

Anônimo disse...

caramba, minha amiga, vc tá que tá né.
As letras estão lindas... tristes... em parte, mas lindaassss...

beijos