27 março, 2008


"O mágico nunca conta os seus truques.
O poeta nunca explica uma entrelinha."

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Pensa que sorrio quando me lembro de você?
Não...
Que me alegro quando recordo você?
Não...
Que fico feliz por ser você,
o meu pensamento quando acordo?
Não.
Na verdade choro.
Choro de agonia,
choro de desgosto,
desesperada,
choro sozinha,
calada
Noite após noite,
desenfreada,
por não saber esquecer o seu gosto,
por não querer ouvir outra voz que não a sua,
sempre que toca o telefone,
por não ver senão o seu rosto
no meio de tantos
que nada me dizem,
por todos os cantos
de cada rua por onde andamos...
Você está escondido, aqui dentro,
como um segredo,
como um pecado,
inconfessável,
incontornável.
Você está na minha pele,
é uma doença sem cura,
é uma vertigem,
loucura,
é medo,
é dono de mim.
Por isso eu choro e me afogo nesse choro sem fim...
Choro alma,
corpo,
choro toda,
choro inteira,
Choro a dor mais crua, pura e verdadeira,
com a força que tenho ainda guardada,
com tudo o que me resta...
Sempre que você retorna,
A vida morre, em você ancorada.

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Só espero que saiba ler minhas entrelinhas... hoje!

2 comentários:

Clara Gomes disse...

ô mulher! que fã que nada...
prefiro amiga!

e estou adorando esses textos - ai, ai... (suspirando...)

beijinhos de jardim pra você - volte sempre!

Nando Damázio disse...

Com tanta intensidade nem é preciso explicar as entrelinhas .. tá tudo explícito !!

Derramar lágrimas por alguém dói muito .. Eu que o diga !!
Lindo isso que você escreveu .. O amor inspira mesmo, né ?? rsrs
Beijo !!