A alguém,
a um único alguém,
importam todos os meus versos.
Se, por acaso, outro alguém
degusta ansiosamente das minhas palavras,
espalhadas em imitações de poemas,
e nelas bebe o que me sacia e me abre os céus do amor,
perceba logo, em uma ou outra linha dispersa e morna,
que todas as luas acesas e os beijos,
estão encantados do feitiço mais improvável,
por um alguém em especial.
Não me culpe, nem queira desvendar meu sentir,
se, alguma palavra tange a corda do seu querer,
e desperta o desejo de amor,
semelhante a esse meu amor,
que não se cala, que avança feito ventania.
Não, não me culpe e nem me peça o que não me pertence.
O meu amor, insubmisso e alheio ao que lhe nega o existir,
anda perdido pelos caminhos,
buscando os rumos de quem o tomou sem sequer sentir.
Um comentário:
Postar um comentário