18 julho, 2008

É nesse meu grito que me fecho em silêncio.
É nesse meu silêncio que me faço grito.
É nessa luz que me torno sombra.

É nessa sombra que me acendo em luz.
É nesse dia que me visto de noite.

É nessa noite que me desnudo em dia.
É nesse branco que me pinto escura.

É nessa escuridão que me revelo em branco.
É nesse mistério que me mostro nua.

É nessa nudez que me cubro de mistério.
É nesse segredo que me sirvo... crua.

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