06 agosto, 2008

Você me fala,
sem dizer uma única palavra...
Você me olha,
de pálpebras fechadas...
Você me sente,
como se sente a vida...
Você me beija,
com a força da despedida...
Você me ama,
isso me basta...
o resto é nada!

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Eu tento evitar as lembranças dos nossos momentos,
mas é uma batalha inevitável, ainda.
E se eu não agüentar e ligar?
Uma ligação pode render a nossa mudez definitiva.
Eu sei que não nos falamos há quase um ano,
mas a realidade não é rainha na Terra Coração.
Eu gosto de pensar que um dia voltaremos a nos falar,
mesmo que seja apenas como amigos.
Quando essa distância nos separou
acabei travando uma batalha,
quase solitária.
Quem vai se render primeiro?
Ninguém cedeu.
Hoje, entendo que não é uma batalha, é um trato;
implícito...
um pacto silencioso de paz.
Um pacto que nos rendeu novos caminhos, novas vidas.
A paz que levou muitas alegrias
e me deixou nua daquelas velhas inseguranças.
O que restou virou saudade,
insônia em noites de solidão,
nudez da alma, suspiros, algumas mágoas,
mas também o desejo de prosseguir.
Não deixo de pensar que nada é por acaso
e que os fins não existem quando o amor decide.
O amor tem vontade própria.
A saudade é indomável, faz doer,
me torna mais humana.
Vez em quando é bom voltar,
mesmo que apenas em lembranças,
daqueles dias em que fomos felizes.
Será que o amor e a saudade têm um trato parecido com o nosso?



(Sempre que te escrevo sobre essas minhas lembranças,
você me ignora, finge que não me lê! Por quê????)

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