13 março, 2010

E você continua presente no beijo das manhãs, que sem que eu queira, me acordam de você.
Na xícara de café, que tomo para aquecer o peito vazio, que você não quer mais habitar.
Continua presente nas manhãs silenciosas, enquanto não toca o telefone.
Continua como uma recordação saudosa da chuva fresca de um ontem passado, longe...
Continua também presente nas tardes barulhentas de tempestade, como um longo suspiro...
Continua presente nos passos das noites solitárias, que chegam, de mansinho, para me fazer companhia.
Companhia que inspira meus versos, ao som do seu silêncio.
Você continua a me ferir, a ferir meus poemas até o coração, com suas mãos perfeitas.
Essas mãos, que um dia continuarão a tocar-me, até o infinito!
Nada me garante que o seu rosto não seja uma ilusão.
E se assim for, os seus olhos são as janelas do sonho,
e eu, apenas louca, por sonhar...


(adaptação)

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