10 março, 2010


Naquela manhã de sábado pensei que você tivesse todas as respostas
onde eu pudesse descansar as minhas dúvidas...
E algo aconteceu, sem que eu esperasse, e não te vi mais.
A vida é um tombo atrás do outro, e você me envolveu num beijo seu...
A vida é uma ferida depois da outra, e em resposta um sorriso meu!

Me deixei cair no calor do seu corpo e custo agora a me erguer novamente:
_ O crime não compensa?
_ Não, jamais, ninguém, apenas você!

E você retorna, e começa a girar, a brincar, a ser criança.
E eu por vezes chego a sorrir, a chorar, e até ter nova esperança...
E me pego deslizando sobre o seu corpo, te imaginando...
No seu corpo... que é onde preciso estar, onde pertenço!

Por que me tira o chão quando eu já te esquecia? E me promete o mundo?
Onde está o tempo, o nosso momento perfeito, daquela manhã de sábado?
Como é que ainda te tenho gravado na memória, se você se torna cada vez mais uma ilusão?

Como é que me ama, me odeia, me quer e me afasta?
Por que faz de mim uma tela, se me pinta apenas em preto e branco?


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