10 abril, 2011

Lembranças...

Mesmo assim distante você me faz querer mais e mais esse momento de liberdade cega, em que você me abraça e ali ficamos... Agarrados às certezas que vamos construindo...Aos poucos... Pedaço a pedaço...
Só quero apoiar a minha cabeça no seu ombro, me aconchegar em você e me deixar ficar. Assim, naqueles momentos tão próximos da perfeição. Eu gostava de ter a certeza que haveria uma próxima vez, que você não desapareceria sem dizer nada, sem uma palavra, um aviso. Não consigo.
Você foi tendo uma importância crescente na minha vida, em mim. Mas hoje tenho tanto medo!
Volta!
Me abraça, me beija e me diz que está tudo bem. Deixe que me derreta enquanto você passa as suas mãos pelos meus ombros.
Deixe que eu me perca em você.
Gosto cada vez mais (e alarmantemente depressa) de você.
Vamos percorrer esse maldito tempo e a uma determinada altura saberemos exatamente o que fazer com a primeira certeza que tivemos em relação a nós.
Por enquanto guardo essa certeza aqui, comigo, a primeira amarra a cair, a primeira ferida de muitas a sarar, juntamente com o que senti - e me senti muito feliz.
Sempre que estou com você, me sinto verdadeiramente feliz, o que não acontece há algum tempo.
E agora o que faço com esta falta de felicidade?
Será que posso partilhá-la com você?

2 comentários:

HOMEM (IN) COMUM disse...

Eu acredito que esse momento de liberdade cega se dá quando ambos estão dispostos a dialogar visando acima de tudo um bem estar comum que possa acrescentar.

Agarrados às certezas que vamos construindo, aos poucos, pedaço a pedaço está uma sólida estrutura de crescimento bem dolorida por termos sofrido no passado.

Só quem um dia sofreu é que sabe avaliar quão bom é ter o carinho e o aconchego de um ombro amigo por perto sem nos censurar, uma vez que tudo passa menos o dar-se existênte de forma infinita.

As respostas nós só temos quando um está disposto a "enxergar" o outro por haver -sobretudo- amor no ar.

Eu sempre quis lhe entender, e se fui em algum tempo inconveniente ou persistente contigo peço-te desculpas.

O que é fisíco e material sempre perde importância diante do que é espiritual, posto que nunca houve preço determinado em compra das coisas da felicidade...

"Vamos percorrer esse maldito tempo e a uma determinada altura saberemos exatamente o que fazer com a primeira certeza que tivemos em relação a nós."

Estamos percorrendo esse tempo sim. Fico feliz que você esteja feliz. Tanto que, meus olhos até brilham mesmo distantes de ti.

"Por enquanto guardo essa certeza aqui, comigo, a primeira amarra a cair, a primeira ferida de muitas a sarar, juntamente com o que senti - e me senti muito feliz."

E agora o que faço com esta falta de felicidade?
A falta de felicidade está em nós, na nossa frustração, e na solidão decorrentes de todo um empenho passado, envolvendo trabalho, dedicação, esperando par.

Será que posso partilhá-la com você?
100 palavras. rsr

Milah B. Parker disse...

Esse cara é um babaca.(Tô falando desse que comentou antes de mim).

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Mas então, main querida.
Vamos abrir as portas de nossas vidas e buscar a adrenalina que falta em nossos dias. Preencher nossos corações com NOVOS motivos felizes e largar a poeira antiga num canto, dentro de uma caixinha bem pequenina... Pois, embora haja novos horizontes, recordar é viver, né?