AMOR ABSOLUTO

Perguntas?
Foram inúmeras!
Elas são latentes...
Respostas?
Meias respostas...
Você preferiu se esconder,
se esquivar, se afastar...
Talvez pra te facilitar,
e com certeza dificultar pra mim!
Um teste de resistência física e emocional...
E eu não queria tanto assim,
não te pedi tanto assim,
mas você me negou,
até o que eu sempre tive,
você me subtraiu, me tirou.
Deveria agora renegar todas a manhãs,
todas, em que estivemos juntos,
todos os olhares arabescos
com que te que desenhei.
Deveria rasurar todas as letras,
com as quais te rimei.
De agora em diante deveria te negar
todas as minhas estrofes, todos os meus versos.
Seria necessário negar todas as labaredas,
todos os incêndios incessantes de prazer.
Antes, quem dera, o chão abrisse e dividisse-me em duas.
duas bandas, quatro palavras cruas:
não quero, não amo!
Mas a sua falta arde e queima!
Porém descobri que não mata,
é como bala de festim.
No primeiro golpe
você me beijou.
no segundo,
você se foi.
Desde o começo
eu sabia
que um abismo chamava outro.
Hoje me obrigo a entender,
que amar se restringe a atos
encenação...
não carece aplauso final.