09 janeiro, 2012

Águas revoltas...

Hoje amanheci tirando o pó das gavetas.
Recordei as palavras e bebi daquele seu toque apaixonado que me conquistou, com gosto de licor e a doçura que acalmava a ferida e fazia suscitar o amor.
Limpei todo o pó e de olhos bem fechados mentalizei você nos dias onde te guardo, nos meses que tem se mantido longe.
Nem sempre os gestos são os mesmos, nem sempre os caminhos são iguais. 

E disso eu já sabia!
Quando viramos as costas, num gesto sem fim, tudo parecia certo. 
Às vezes tenho saudades, das borboletas do 1º encontro que me esvaziavam o estômago, que me arrepiava a pele, do seu jeito de vestir diferente, do sorriso rasgado que me esperava naquela boca inesquecível. Do jeito que as mãos se cruzavam adivinhando o beijo que, meio tolhidos iamos dando.
E assim fomos nos embrulhando na cumplicidade doce que nos devolvia as horas, que ao longo de meses fomos partilhando.
E quando o amargo dos dias sem você chega, vejo que deixamos de lado todo o amor que construimos, mesmo que você tentasse negar que ele, falava mais alto.
Talvez um dia você perceba que as diferenças nos completam, enquanto isso, vou te admirando (tanto quanto te vivo).

Um comentário:

Agora acreditou... disse...

Porque não esqueves um livro amiga?
Há muito material bom escrito aqui!

Parabéns viu?